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Os Estados Unidos aplaudiram nesta sexta, dia 27, o acordo entre Israel e os palestinos a respeito da retirada de tropas da Faixa de Gaza. Washington disse também que a trégua anunciada pelo Hamas é um bom sinal.
– É um fato muito positivo. Reflete o tipo de movimento que o presidente [George W. Bush] e outros líderes propõem – , disse o secretário de Estado Colin Powell.
– O acordo representa o primeiro passo conjunto significativo para a implementação dos compromissos feitos por ambas as partes na cúpula de Aqaba – disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, em referência à reunião deste mês entre os primeiros-ministros Ariel Sharon e Mahmoud Abbas, sob mediação de Bush.
A retirada das tropas também foi mediada pelos EUA e, segundo Powell, vai começar pela Faixa de Gaza e no "no devido momento" vai valer também para Belém, na Cisjordânia. Nesses locais, os palestinos assumem o compromisso de manter a segurança.
– Espero que em alguns dias as autoridades de ambos os lados, os comandantes de ambos os lados cheguem a detalhes sobre como isso será implementado e monitorado – disse Powell após reunião com o presidente de Mali, Amadou Toumani Touré.
– É um primeiro passo. Muito mais precisa acontecer nos próximos dias para garantirmos que essa oportunidade não se perca, e este é o começo de um longo processo – acrescentou.
No mesmo dia em que a retirada foi anunciada, o Hamas decidiu suspender seus ataques contra israelenses. O fundador do grupo, xeque Ahmed Yassin, disse que a decisão já foi tomada, mas não esclareceu quando ela entra em vigor.
Powell disse que só vai se pronunciar quando o Hamas fizer um anúncio oficial. Mas acrescentou:
– Isso tudo é, me parece, o tipo de progresso que o presidente propõe.
Anteriormente, o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, disse que a trégua do Hamas seria útil, mas que o melhor seria o desmantelamento dos grupos militantes.
– Vemos a ampla suspensão da violência e do terror como um acontecimento positivo, mas não é um fim em si, precisa ser um primeiro passo.'
Boucher não disse quando os EUA esperam que esse desmantelamento aconteça, mas indicou que isso deve fazer parte do esforço da Autoridade Palestina em se afirmar como o único elemento armado dos territórios palestinos.
– A liderança da Autoridade Palestina deixou claro que seu objetivo é estabelecer um Estado palestino. Um Estado pode ter apenas uma autoridade armada e não pode completar essa autoridade com outros grupos – afirmou. As informações são da agência Reuters.
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